Não é sobre o
Feminismo. Não é sobre o machismo. É sobre o pecado do egoísmo, da humanidade
centralizada na humanidade, não como um todo, mas em sí, cada um em seus direitos,
nas suas verdades e suas realizações.
Ser cristão é
viver por algo maior que você mesma, é mais do que o individualismo de
movimentos que buscam saciar seu próprio senso de justiça e interesses. Ser cristão
é viver pelo Reino, em favor do próximo, é lutar por igualdade por entender que
Deus nos fez iguais e que as diferenças são reflexo de Sua criatividade e
sabedoria em desenvolver o encaixe perfeito familiar e social. Ser cristão é
ter o coração movido pela justiça de Deus, que se importa com os mais fracos,
os oprimidos (Mt 11:28), não faz distinção de ninguém (Tg 2:1-13).
Não é o sexo
que nos torna mais importantes, nunca foi. Toda a opressão vivida por mulheres
nos séculos passados não tem relação com a forma de Deus as ver, mas sim com o coração
pecaminoso e perverso da humanidade, que tem habilidade de transformar benção
em maldição, o perfeito em imperfeito. Todas as vezes que a sociedade permitiu
ser transformada pelo evangelho a dignidade da mulher e da família foi
restaurada.
Em uma
sociedade em que a maioria não sabe qual é o seu lugar e quem de fato é, vive
em busca de aceitação, seja por imposição ou conquista, ambas insaciáveis, se
guardar para descobrir o seu lugar no Regente da humanidade além de ser sensato,
é corajoso. Remar contra a maré da mídia doente, da sociedade perdida em seus próprios
desejos doentios e vazios. Viver por algo maior é revolucionário e libertador.
Deus tem um
propósito único para a família, existe um poder sobrenatural nesta união, é
através dela que somos expostos à nós mesmos e ao outro em suas piores versões,
é por meio dela que somos desafiados a rompermos o ego, construir junto de
outra pessoa, que por mais semelhanças que hajam, sonham e pensam diferente. É através
da família que somos estimulados a apresentar à sociedade corrompida o poder de
abrir mão dos seus próprios interesses em prol do outro, e por meio de Cristo
aprendemos a fazer isto sem anulação de quem somos.
Não é pecado a
mulher trabalhar e se destacar, pecado é quando isto domina seu coração no
lugar de Cristo, quando obter isto é mais importante que construir uma família,
pois é reflexo da vaidade seja profissional ou material. Não é porque é
socialmente mais aceito que o homem abra mão de formar uma família ou se
dedicar a ela por priorizar suas próprias realizações que não é pecado.
Lembre-se: a sociedade é corrompida.
Sim, podemos fazer
aquilo que queremos, fomos criadas potencialmente capaz de sermos o que
quisermos ser, se descobrir no Criador é a forma mais inteligente gerar a nossa
melhor versão. Lúcifer foi criado para ser anjo de luz, mas escolheu ocupar um
lugar que não era dele. Temos habilidades únicas, que se usadas da forma
correta tem poder para transformar uma sociedade e por isso esta identidade tem
sido tão atacada ultimamente, quando não sabemos distinguir a verdade, as
mentiras tomam este lugar, nos iludem por serem exatamente o que o nosso coração
enganoso deseja ouvir.
Tome cuidado com quais "verdades" norteiam quem você é. Tome cuidado para não querer ocupar
um lugar que não é seu. Descubra nEle a melhor parte de você, seja a sua melhor versão
em Deus. Deus nos criou de forma única, para exercermos um papel singular e precisamos descobrir nEle como ocupar este papel na sua totalidade, trazendo valor ao que tem valor, deixando que apenas o Espirito Santo permeie nossa mente, elevando nosso padrão de fé e prática, devolvendo a dignidade que o pecado roubou.
Larissa F. Couto