A família faz parte do projeto do
Senhor para a humanidade (Gn 2:18) – falei sobre isto no texto anterior – porém,
não somos preparadas para ocuparmos o papel de esposa, não somos ensinadas à
sermos virtuosas a fim de edificarmos nossa casa de forma prática. Existe uma
enorme responsabilidade em ser esposa e a maioria das mulheres desconsideram a
necessidade de se preparar de forma espiritual, se atentando apenas para as
atividades domesticas ou/e a carreira profissional.
Desconstruir a ideia de independência,
não por incapacidade, mas pela capacidade de perceber a necessidade de romper o
egoísmo e dividir sonhos, planos, dinheiro e até a cama foi um dos maiores
desafios do casamento.
Tenho me forçado incansavelmente para
descobrir o meu papel como esposa, conhecer o poder que há em saber o meu lugar
e ocupa-lo em todas as suas esferas. Me tornar notável não pelo que o mundo vê,
mas pelo que produz frutos Eternos, por cumprir com aquilo que fui criada. A busca incansável pela notoriedade através
daquilo que é desnecessário e inútil, torna a caminhada cada vez mais fútil e
frustrada.
Fomos criadas para sermos virtuosas,
esta palavra significa “força, capacidade, coragem e dignidade”, logo, não somos
preteridas, muito menos incapazes. Existe algo sobrenatural quando mulheres
assumem seus papeis na família, quando entendem que o seu valor não vem do
sexo, do trabalho ou dos filhos, mas em se tornar submissa à vontade dEle,
quando a ideia de submissão deixa de diminuí-la e passa a trazer dignidade ao
seu coração e que ser auxiliadora do seu marido a coloca na nobre posição de
ser como Deus é para o seu povo (Sl 54:4).
A condição de auxiliadora capacita
a mulher a trazer crescimento ou arruinar a sua família na mesma proporção e
força. O Espirito Santo é o manancial de virtudes que corre dentro de nós, é
por meio de um relacionamento diário e intenso que permitimos que estas
virtudes sejam evidenciadas no lugar das nossas falhas, é através do temor ao
Senhor que nos tornamos sábias, aptas à edificarmos nossa casa.
A virtude da mulher de Provérbios vem de uma vida de devoção, entrega genuína do coração, da mente e do tempo. Ela não tem preguiça, Deus é o seu folego, o seu sustentador, ela consegue cuidar da casa, dos filhos, ser atenciosa e cuidadosa com o seu marido, os negócios (carreira) sem negligenciar o primordial, seu relacionamento com Deus, por entender que a partir dEle que todas as outras coisas são geradas.
Você será uma mulher virtuosa
quando Deus for o centro de tudo, quando reconhecer que a beleza emana de um coração
piedoso e que a sua força vem quando você está fraca. Quando você entender que
todo seu potencial só se tornará eternamente frutífero se colocados à disposição
do Senhor. Ser esposa, mãe e profissional com excelência só é possível se Ele
for o auxiliador do coração. A vulnerabilidade da mulher vem quando ela deixa
de priorizar a palavra de Deus e decide caminhar segundo a sua capacidade e
desejos.
Larissa F. Couto
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