Vivemos em uma sociedade líquida, que alimenta a cultura da
imagem dentro e fora das redes sociais, no qual implica não apenas na sua aparência,
mas no seu estilo de vida, onde existe mais importância no que o outro vê em você ou naquilo você pode pagar do que na sua alma.
Somos uma geração que vive em função de alimentar o ego, que
busca a autoglorificação seja através de selfies
perfeitas ou através do excesso de críticas a elas, que busca se afirmar por
aquilo que desejam ser, sem descobrirem quem realmente são, que
considera mais o que as pessoas pensam sobre ela do que aquilo que Senhor diz a
seu respeito.
Somos uma geração sem referencias relevantes, que cria suas raízes na instabilidade de tudo que não é eterno. Uma geração
insegura gerada por relacionamentos líquidos e vulneráveis, que busca alimentar
os vazios da sua alma carente, vaidosa e solitária com uma vida desregrada e
ocupada para tudo que a faz ficar a sós com Deus.
Não há mérito nenhum em perceber a doença da sociedade,
estamos inseridas nela, se não estamos lutando contra estamos a favor,
logo, estamos tão doentes quanto. Mas a nossa luta não é contra a beleza da vida, até
porque quem não gosta de estar bonita e viver momentos bonitos? Também não é
pecado postar coisas boas, pelo contrário, vivemos uma nova vida a partir das
boas novas que recebemos e temos o dever de compartilhá-la sempre.
A nossa luta deve ser contra a valorização de tudo que não é
eterno e desvalorização da eternidade. Cuidar da aparência, gostar de se vestir
bem ou ter um corpo bonito não é pecado, inclusive sabemos que o nosso corpo é
tempo do Espirito Santo, por isso devemos cuidá-lo da melhor forma possível, mas
supervalorizar o exterior na maioria das vezes me faz esquecer que mais
importante do que roupas, corpo e cabelo é o meu CORAÇÃO, mais precioso do que
aquilo que pessoas veem é o que Cristo vê em mim no secreto.
A imagem roubou o lugar da nossa alma, aquilo que você mostra passou a ter mais relevância do que aquilo que você é. A revolução para esta geração não
está na luta contra a maquiagem da imagem, mas na luta para trazer valor aquilo
que realmente tem valor. Mostrar que apesar de conseguirmos esconder muitas
vezes o nosso coração com uma maquiagem visível às pessoas, existe um Deus que atento
ao seu interior, que se importa com aquela dor que ninguém ver, que enxerga o
choro do seu coração, conhece suas inseguranças, os seus traumas. Um Deus que
está totalmente disponível a tornar nova todas as coisas e isto não significa
que a partir dai você não terá mais dias ruins, mas que agora existe Alguém que
torna seu fardo leve, que te carrega no colo quando seus pés se cansam, que existe
um Pai Amoroso que permite que as suas dificuldades produzam glória eterna e isto tem uma relevância muito maior que qualquer dificuldade.
Somente árvores com raízes bem firmadas conseguem se manter de pé quando surgem as tempestades, quando as criticas e os julgamentos chegam,
quando inevitavelmente nos sentimos sozinhas e rejeitada por pessoas. Somente
quando temos claro quem de fato somos conseguimos persistir ainda que venhamos
a tropeçar. A identidade de filha faz com que as nossas raízes se nutram daquilo
que produz eternidade em nós, faz com que a voz do Senhor seja a única capaz de
dizer quem de fato você é. A identidade de filha te permite ser a continuidade
da mentalidade de Jesus aqui na terra, permite que o nosso exterior seja
reflexo daquilo que Ele tem produzido dentro. Não importa como os dias são lá
fora, porque tudo começa aqui dentro! ASSUMA SEU PAPEL DE FILHA! Não importa o
que você fez, não importa como está o seu coração, Ele te quer assim. Somente Ele pode trazer a sua real identidade, só o Pai
das luzes pode iluminar a escuridão dos seus pensamentos e trazer cura para o o vazio da sua alma. As impossibilidades da vida são quebradas pelo Deus do impossível,
permita começar a viver acima das probabilidades hoje.
“Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a
desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os
nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória
eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo
que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não
se vê é eterno”.
2 Coríntios 4:16-18
Larissa F. Couto
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