Existem inúmeros “crentes” que levam uma vida sem sentirem suas consciências incomodadas ou tristeza de arrependimento, mas também têm sido muito comum entre nós crentes, pessoas que estão vivendo uma caminhada cristã embaixo de culpa por coisas que não fazem ou fazem pouco. Vou listar uma série de padrões de pratica de uma vida cristã, e vocês vejam se estão se culpando por estar fazendo pouco ou não fazendo.
ü Poderíamos orar mais.
ü Não somos bastante ousados em evangelizar.
ü Gostamos demais de esportes.
ü Assistimos freqüentemente a filmes e à televisão.
ü Nosso tempo devocional é curto e esporádico.
ü Não contribuímos de modo suficiente.
ü Compramos roupas novas, ou celulares.
ü Temos comida, cobertor, enquanto uns passam frio e fome.
ü Poderíamos usar melhor nosso tempo.
ü Poderíamos viver em um lugar mais difícil ou em uma casa
Quando sentimos essa culpa, sentimos como se estivéssemos desapontando a Deus.
Existem vezes que devemos nos sentir culpados, porque às vezes realmente desagradamos a Deus com nossas vidas. Nós somos carne, e por isso pecamos constantemente, vivemos uma luta contra isso e nessa luta devemos sempre contar principalmente com Cristo e depois com a nossa família em Cristo. E nós como família em Cristo devemos amar as pessoas que estão em pecado como Jesus amou, sem castigar ninguém pelos seus pecados. "O pecado já é o próprio castigo, pois consome as pessoas por dentro." Entendam, é diferente castigar e confrontar. Deus manda que confrontemos uns aos outros, mas em amor, a fim de que haja crescimento e mudança espiritual.
Mas apesar disso eu não acredito que Deus tenha nos redimido para que nos sintamos como fracassados o tempo todo. Em I Coríntios 4.4 Paulo fala: “Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor.” Paulo dormia toda noite com uma consciência limpa, não porque não pecava, mas porque se arrependia e aceitava o perdão de Deus.
Alguns crentes vivem se sentindo culpados porque não entenderam completamente as boas novas do evangelho. Esquecem que fomos vivificados com Cristo. Fomos ressuscitados com ele. Somos salvos somente pela fé. E isso é um dom de Deus, e não um resultado de obras (Ef 2.4-8).
Outro motivo por sentimos culpados é que os cristãos tendem a motivar os outros por culpa e não por graça. Ao invés de incentivarmos para que os nossos irmãos sejam o que são em Cristo, nós impomos que façam mais para Cristo. Por isso vemos a nossa semelhança com Cristo como algo que estaremos sempre fracassando, mas deveríamos entender como algo que já temos e precisamos crescer cada vez mais. Entendam, não estou falando que já está bom como está. Devemos sempre procurar aprender mais com o Senhor, mas não porque não nos parecemos com ele, mas porque devemos querer nos parecer cada vez mais com Ele.
Uma outra motivação de culpa é quando dizemos “Eu não fiz o suficiente”. Na lista que eu disse acima, nenhuma das opções era necessariamente pecaminosa. São apenas coisas que gostaríamos de fazer mais, ou melhor. Se eu perguntar quem acha que já ora o suficiente, nenhum crente vai levantar a mão, mas devemos tomar cuidado pra não insistirmos em padrões de pratica quando a bíblia insiste em apenas um principio geral.
E por ultimo quando somos realmente culpados é ordem que haja arrependimento e recebamos a misericórdia de Deus. Davi teve inúmeros pecados, mas foi nomeado por Deus como o homem segundo o seu coração, porque tinha uma vida de arrependimento sincero. Paulo tinha a consciência limpa não porque nunca pecava, mas porque imediatamente se arrependia. Em I João 1.9 diz : “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” Deus não nos salvou para que nos sintamos miseráveis e culpados o tempo todo, mas para que sirvamos a Ele com o coração humilde, disposto a obedecer, e quando falharmos que confessemos nossos pecados e que nos arrependamos com orações sinceras para que sejamos purificados e possamos continuar na nossa caminhada.
E se nós desejamos orar mais, evangelizar mais, não devemos nos sentir culpados, mas desafiados, estimulados a fazer mais por Cristo, mas não culpados. Jesus espera que tenhamos um coração como o de Davi, arrependido, humilhado, longe das aparências de perfeição, mas quebrantado pelo Espírito Santo. Ele espera que tenhamos uma vida em constante adoração, porque somos o culto de Deus e a igreja de Cristo aqui, somos chamados “cristinhos” por vivermos não uma vida sem erros, mas uma vida que reconhece o pecado e busca se libertar dele. Que vivamos uma vida livre do aprisionamento que a culpa nos trás e envolvidos com orações e arrependimentos sinceros.
Larissa F. Couto
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