Domingo eu estava pensando no que é o amor de Deus é para mim, e o que move o meu amor por Ele. Se eu te fizesse essa pergunta automaticamente você me responderia que o amor de Deus é tudo de bom que acontece ou existe, e que o seu amor por Ele é movido porque Ele é o seu dono, Ele pagou o preço na cruz por você, então você entrega a Ele o seu melhor.
É uma bonita resposta, muitas vezes eu já disse a mesma. Mas não é suficiente dizê-la, nos prendemos muito a respostas decoradas. falar do amor de Deus, ou do sacrifício de Jesus na cruz, já virou comum no nosso dia a dia de crentes, e por ser tão de praxe tem perdido a essência, o real sentido e importância.
No antigo testamento as pessoas viviam para agradar a Deus porque O amavam, não tinha nenhuma promessa de que se O aceitassem teriam a vida eterna no céu. Portanto, amavam de verdade, sem pensar na recompensa, nos benefícios que esse amor e obediência os trariam. O fato de fazer a vontade de Deus enquanto viviam vinha porque entendiam a soberania de Deus, e O amavam porque Ele era digno de receber tudo de melhor que eles pudessem dar, viver uma vida de obediência e de baixo das leis de Deus deixadas através de Moises já era um máximo para eles, cumprir a vontade de Deus era prazeroso.
Hoje em dia o nosso “amor” está condicionado ao que o sacrifício de Cristo nos trouxe - vida eterna no céu – não amamos a cruz de Jesus, ao que Ele foi, e sim o que Ele nos dá ou dará, seja em vida ou em morte. Condicionamos a atitude de aceitar a Deus como escapatória para não irmos para o inferno, mas não entendemos que o inferno só é ruim porque estaremos totalmente e definitivamente distante da glória de Deus. Precisamos buscar a Cristo sim, mas pelo real motivo, amá-lO de verdade pelo que Ele é e não pelo que Ele faz. Cumprir a vontade dEle não deve ser algo que doa, ainda seja difícil, porque desfrutar da vontade de Deus deve ser algo imensamente prazeroso. Que amemos ao Senhor com corações e pensamentos sinceros.
Larissa F. Couto
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